sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Hoje


Hoje

A vida... Um presente envolvido em pequenos laços...

Um pacote de coisas fantásticas...
Um vulto... Um abrigo... O meu mundo colorido.
Laços e fitas amarrados aos calcanhares... Pequenas vestes de um recado.
Um dia de vento... Um espetáculo para mim...
O dia nasceu em gotas de uma vida inteira... Sementes que planto.
Avisto um futuro em esquinas que eu nunca vi... Um mar infinito... O galope do vento... Os lenços soltos na areia fina.
Um dia... Meu dia!
O gosto de lembranças... Lembrar de um ponto desconhecido.
A vida feita de pontos... Arte!

11:30

Publicado no Recantodasletras dia 11/11
Imagem: Josué Rodrigues Gomes (Rascunhomusical)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Relíquias de sal...

Ornamento... As faces de um acontecimento.
Enrolam-se as faces... Fazemos certos "milagres"... E a madrugada dança... Vira cigana, nas rodas dos meus lenços.
Guardam-se os medos... Fala-se dos dias... Das ruas... Tão nuas.
O amanhecer será em breve... O sol aparecerá, derretendo a neve.
Ontem, um dia rascunhado de lembranças... Cuidados e cuidados com aquilo que é dito de verdade... O ajudar a quem precisa... O abrir de olhos, nas esquinas.
O hoje, um dia diferente... As folhas andavam soltas... Não me vi, em nenhum lugar fixado... O riso virou retrato.
Amanhã, será fiel a hoje... A fidelidade do tempo enrosca-se nos travesseiros.
O dito intenso carinho... Uma palavra que definiria o meu destino...
Apagamos as luzes, quando mentimos...
Mas, o dia sempre vem... E o riso agarra-se a minha face... A nossas faces desgarradas...
O riso é para os loucos... Os rostos precisam dessa sabedoria...
Roucos caminhos... A voz na garganta aprisionada... E a madrugada dança, enrolada nos meus lenços... Tantos ventos.
Os versos melodicamente esfarrapados... Viram a minha colcha de retalhos...
E a mina d'água que escolhi está entorpecida pelo silêncio... A terra solta-se em pequenos sulcos... A água brota em suor da minha pele...
A madrugada dança... A minha dança cigana... Relíquias de sal...

01:22

O Sol... A Lua...

O encontro marcado... Às horas do tempo.
O sol... A lua... O encontro terreno.
Eclipse de vento... A ventania de sentimentos.

O silêncio chama a fala...
Basta olhar o firmamento.
O espetáculo de todos os dias...
O mesmo para todas as "marias".

Como dizes com cuidado...
O amor tem seu recado...
Ama a lua, sem demora...
Ama o sol, em pensamento.

O encontro desigual... Às horas do tempo...
O sol... A lua... 'O Feitiço de Áquila'... Teu tormento.

Ama o sol em cada nota... Ama a lua em poesia...
Amo o tempo, sem cuidado... Ama o vento a poetisa.

domingo, 4 de outubro de 2009

Circulo

A vila rola solta, no céu da minha boca...
Seletas escolhas... As minhas continuações.
Um mundo que gira, enfim...
Andaimes com cordas bambas... As minhas pernas bambas.
Ouvi o silêncio das palavras... Queria acreditar em alegrias... Ser apenas minha.
Curvo-me aos joelhos, novamente... Sei que nada disso vai passar de semente... A humanidade mente... Não sou desse mundo... Sou o artifício de tudo isso.
Mentes avessas a tudo o que acredito... Meu recorte quadrado... Um vasto círculo.
Circulo!... Vejo as linhas quebradas de uma cidade qualquer... Cada homem um ser inteiro fragmentado pelos medos... Armadilhadas criadas pelos adereços...
Um amor que faz do destino o ralo cruzamento de sonhos... Tão imenso, se fosse plano...
Percebo as luzes acesas... Tantos risos, na sala de estar...
E eu faço riscos na porcelana da prateleira...
Um dia, entendo tudo isso... E viro estrela... Semente... Água fervente... Pó.
Mas, enfim, o amor retorna a face... É de outro tamanho. Sem tantos entremeios.
Gosta do cheiro da chuva... Ama minhas formas nuas... Costura o tempo, nas linhas das minhas mãos...
Acredita que o meu gosto alimenta os dias... Enche-me de carinhos, todos os dias. Estabelecida morada.
Ama-me de forma verdadeira... Alimenta-me de cores, antes que eu vire poeira.

Relíquias de Sal

Ornamento... As faces de um acontecimento.
Enrolam-se as faces... Fazemos certos "milagres"... E a madrugada dança... Vira cigana, nas rodas dos meus lenços.
Guardam-se os medos... Fala-se dos dias... Das ruas... Tão nuas.
O amanhecer será em breve... O sol aparecerá, derretendo a neve.
Ontem, um dia rascunhado de lembranças... Cuidados e cuidados com aquilo que é dito de verdade... O ajudar a quem precisa... O abrir de olhos, nas esquinas.
O hoje, um dia diferente... As folhas andavam soltas... Não me vi, em nenhum lugar fixado... O riso virou retrato.
Amanhã, será fiel a hoje... A fidelidade do tempo enrosca-se nos travesseiros.
O dito intenso carinho... Uma palavra que definiria o meu destino...
Apagamos as luzes, quando mentimos...
Mas, o dia sempre vem... E o riso agarra-se a minha face... A nossas faces desgarradas...
O riso é para os loucos... Os rostos precisam dessa sabedoria...
Roucos caminhos... A voz na garganta aprisionada... E a madrugada dança, enrolada nos meus lenços... Tantos ventos.
Os versos melodicamente esfarrapados... Viram a minha colcha de retalhos...
E a mina d'água que escolhi está entorpecida pelo silêncio... A terra solta-se em pequenos sulcos... A água brota em suor da minha pele...
A madrugada dança... A minha dança cigana... Relíquias de sal...

01:22

Publicado no Recanto das Letras dia 04/10/2009

Vidraça Minha...

Atravesso as margens de mim... Volto ao começo... Anoiteço-me.
As luas estão rodeada pelos anéis... Joias em forma de sonhos.
Tantos e tantos sonhos...
Ouvi sinos, certa vez... Um beijo relâmpago ensurdeceu-me... Valente brado a deslizar pelo corpo meu.

Im Wege des Herzens... São as palavras que acalentam a alma... Pelos caminhos do coração... A tradução que dou em face... É minha frase.

As esquinas... Eu sabia tanto sobre as quinas de todos os ângulos... Cálculos exatos. Margens contornadas pelo traço mais requintado... Um falso retrato emoldurado.

Através do coração... Porque esse virou vidraça... Fina lâmina a craquelar nos dedos... Falso colosso em pedras de cristal...

Joia... Vida minha... Meu sonho encantado...
As luzes acendem-se em teus olhos... Meu coração é vidraça minha.
Inteiro regalo...

Publicado no Recanto das Letras, dia 29/09/2009... 21:30

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pouco...

Escuto Bach... E a alma parece explodir...
Existem dois sóis agora... um brilha nas cores de um vitral que nem existe de fato... Outro aqui no meu peito...
E quem disse que isso vai passar?... Quem disse que eu quero que passe?...
Vou arrancar as vestes... Deitar-me entre os lenços... E sumir, feito poeira fina...
Quem disse que precisa-se estar só para sentir cada nó que a vontade não deixa passar?
Queria o vento agora... O vento...
Andar pelo castelo à procura de ti...
E voar ao som do clássico que ouço...
Os pés correm...corrrem... Nesse ritmo louco...
Cansa... Respira e volta-se ao centro da dança...
Enquanto os calcanhares presos ao destino desfalecem-se...
E a música acalenta o que o peito deseja em febre...
E o tom aumenta... As teclas encontram a perfeita nota...
Rodo o mundo por ti... "Little"?...